sexta-feira, 16 de março de 2012

Capitão Rocha Lima, candidato a vereador em Maceió, vai a julgamento por assassinato. Cofira o histórico da vida do Militar.

Capitão Rocha Lima
O polêmico capitão Rocha Lima, da Polícia Militar, vai a júri popular por assassinato.

Candidato a vereador por Maceió – com o apoio do deputado Dudu Holanda, o oficial foi pronunciado pela 17ª Vara Criminal da Capital por um crime ocorrido em de novembro de 2009,em São José da Laje.

A vítima, Cícero Francisco da Silva, foi assassinado porque supostamente teria ameaçado o sargento Galvão, também da PM, que comunicou o fato ao seu superior.

Segundo o relato dos juízes da 17ª Vara Criminal, com base na denúncia ofertada pelo Ministério Público Estado, foi o capitão Rocha que encomendou o homicídio, praticado por mais dois réus, que irão a julgamento com ele: o ex-policial civil Miguel Rocha Neto e Anderson Pettyrson Barbosa da Silva, vulgo “Índio”.

Um quarto integrante do grupo, de nome “Jéferson”, está desaparecido.
Para os magistrados que compõem o colegiado, há indícios suficientes para que o trio vá a julgamento por crime de morte.

O capitão Rocha Lima, ligado politicamente ao deputado Dudu Holanda, do PSD, já vem colocando a sua campanha a vereador na rua.

Não está marcada, ainda, a data do julgamento.

Segundo a Polícia Militar

O Comandante Geral da Policia Militar de Alagoas, Dário Cesar,publicou no Boletim Geral Ostensivo do dia 28/DEZ/2011, a solicitação da Demissão do Capitão Rocha Lima das fileiras da PMAL, “por ser considerado indigno ao oficialato e a ele incompatível, e não possuir condições de permanecer nesta briosa de bravos”.

A justificativa dada a este pedido segundo a assessoria de Dario Cesar é que em 18 anos de Policia Militar o Capitão Rocha Lima , já respondeu a 20 procedimentos administrativos, a seu desfavor, sendo entre estes 03 Conselhos de Justificação, por motivos que vão de estupro, desordens em locais públicos, associação ao tráfico e extorsão, a determinações judiciais da 17ª Vara Criminal, por formação de quadrilha.

Em documento enviado ao Cadaminuto a assessoria da PM aponta que o capitão já passou mais de 90 dias na prisão sendo: 18 dias de prisão em 1995, 04 dias de detenção em 1998, 60 dias de prisão em 1999, e 15 dias de prisão em 2004.

O documento diz ainda que Rocha Lima “ Freqüenta lugares impróprios para um oficial de polícia, acompanhado de pessoas associadas a prática de crimes, como são o caso do ex-sargento Medeiros, Alan Costa Lima e o Miguel Rocha Neto, comprometendo o prestígio e o conceito da Corporação perante a opinião pública”.

Veja abaixo o histório do Capitão Rocha Lima enviado pela assessoria da PM

Ingressou na PMAL em 1992, no Curso de Formação de Oficiais, na Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello. (Turma Denilma Bulhões);

Sua primeira alteração de vulto, data de 22/08/95, foi quando da promoção ao posto de Tenente, no Passaporte Ponto Certo, na R. Prof. Arthur Ramos, na cidade do Pilar, deixou sua arma cair da cintura e provocar um disparo “acidental”;

Em 1997, foi punido por perturbação do sossego alheio, com o volume do som de seu veículo acima dos limites permitidos, no estacionamento da Casa do Pão, no farol;

Em 1998, no Bar do Neto, na rua Nova Vila, Cambona, efetuou disparos de arma de fogo e ameaçou a Sra. Maria de Fátima Andrade Santos;

Em 1999, Causou discussão e efetuou disparos de arma de fogo no Bar do Suruagy, na Serraria;

Em 1999, foi preso em visível estado de embriagues alcoólica, praticando cavalo de pau e transitando na contra mão de direção com seu veículo, além de desacatar a guarnição de serviço, no bairro do farol;

Em 1999, foi preso por 30 dias, por ter no dia 07/05, em visível estado de embriagues alcoólica, no Bar do Cláudio, no Conj. José Tenório, Serraria, efetuado de sua arma disparos, colocando em risco a vida de terceiros. Ficou conhecido na região como Lamparina, com referência a Lampião, por suas atitudes;

Em 1999, no dia 14/08, foi denunciado por estar embriagado em uma discoteca denominada Cosmos, no dique-estrada, vergel do lago, portando arma de fogo e ameaçando pessoas que estavam no recinto;

Em 1999, no dia 08/09, chegou embriagado dirigindo um veículo Monza, praticando cavalo de pau, com som alto no Residencial Teotônio Vilela, e em seguida adentrou em seu apartamento no bloco 15, 02, discutiu e agrediu fisicamente sua companheira, na seqüência saiu correndo sem roupas de seu apartamento com uma arma em punho e começou a espancar sua companheira do lado de fora do bloco. Na mesma época foi denunciado por praticar cavalo de pau próximo a Panificação que fica no Residencial Teotônio Vilela, e quase atropelar uma funcionária da Panificação, e efetuar disparos de arma de fogo numa lanchonete no Centro Comercial José Tenório, ficando temido por ser o terror do bairro;

Em 1999, no dia 23/09, deu uma alteração quando tentou entra dando uma “carteirada” no Bar Ecológico, situado no Conjunto José Tenório; 

Em 2002, foi denunciado por abuso de autoridade e ameaça a um cidadão funcionário da empresa de ônibus Piedade, no Rio Novo;

Em 2002, foi denunciado por envolvesse em uma confusão com um Delegado da PC, em uma casa de prostituição no bairro do Barro Duro; 

Em 2003, por volta das 04h30, do dia 27/10, encontrava-se em companhia do” Ex-Sargento“Medeiros e um civil de nome Claudevan Jorge da Silva, realizando abordagens de arma em punho, no Bar do Carlos, no Benedito Bentes I, onde eles teriam agredido a Sra. Lysane Carolina Ferreira;

Em 2003, o semanário Extra publica matéria vinculando o Cap Rocha Lima, como integrante de um grupo de policiais envolvidos em delitos, e de usar os serviços do referido grupo, intermediando contatos para a contratação de pistoleiros, arruaceiros e usuários de droga. Aparece, ainda como tido determinado o assassinato do Sargento Osmário, em decorrência de ter tido um caso amoroso, com a mulher da vítima, pois faltou com a verdade, quando de sua inquirição sobre sua presença no Clube Social Lyndoia no dia 17/12/99, onde fora traçado os planos para a execução do Sargento Osmário; 

Em 2005, fora denunciado, por em companhia de um Tenente chamado Lima, hoje no AM/TJ, praticar desordens e não pagarem contas nos bares de Jacarecica e ameaçarem os proprietários; e ainda praticar desordens armado na boate coquetel club; há denúncias que o Capitão em companhia de um cidadão conhecido por Dênis, teriam praticado um assalto a um churrasquinho, próximo ao Via Box Serraria;

Em 2005, no dia 16/12, praticou uma tentativa de invasão de domicílio, bem com um disparo de arma de fogo, em via pública com arma da Corporação, no Loteamento Pouso da Garça I, no Tabuleiro dos Martins; 

Em 2008, 09/05, acusado no envolvimento na assassinato de Eduardo, vulgo Bolinha, em frente uma loja de carros próximo ao G. Barbosa Serraria, a vítima estava com medo dos Soldados Batista e Galvão, que estão presos no Presídio Militar. Eduardo andava com Afredinho (morto) e que estava envolvido na morte do Baré Cola, juntamente com o Capitão Rocha Lima. Eduardo teria recebido 20 mil reais pela participação na morte do Baré Cola. Além destes entram na trama: Alan, Eliel, Brito, Bruno(morto) e o policial civil Gilvan(morto);

Em 2008, 09/07, foi denunciado por tentar repassar dinheiro falso em uma lanchonete localizada ao lado do Supermercado Bom Dia, na Serraria, e que o Capitão teria chegado ao local numa blazer Preta e que estava acompanhado com um grupo de pessoas em uma BMW azul, e que o Capitão exibia ostensivamente armas e tentou atirar em motocicleta vermelha que estava estacionada ao lado da Blazer. 

Em 2008,12/12, foi denunciado por envolvimento no fornecimento de munição ao Sr. Rodrigo Alexandre de Carvalho Rodas, preso em flagrante delito por tráfico de drogas e posse de arma de fogo;

Em 2010, 11/06 ,foi decretada sua prisão pela 17 Vara Criminal da Capital, por homicídio, qualificado, associação ao tráfico, formação de quadrilha armada, peculato, concussão e extorsão. 

Hoje o Capitão Rocha Lima encontra-se adido a Corregedoria da PMAL, onde responde a Conselho de Justificação, o terceiro em sua carreira confusa na instituição.
Além desta cronologia de transgressões e crimes, existem outras denúncias que não chegaram a ser formalizadas pelas vítimas e pelos organismos de inteligência das polícias, por falta de provas consistentes.

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